A Pandemia, o Ego e a Corrupção – *Dr. Henrique Apparicio

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Aproximamo-nos do centésimo dia do Estado de exceção que vivemos em função da Pandemia provocada pelo vírus Sars-COV-2.

Esse vírus é da família do CoronaVírus, sim CoronaVírus não é um vírus em específico, mas uma família de vírus dos quais a comunidade cientifica tem conhecimento à muitas décadas.

Seu antecessor o Sars Cov 1 teve sua aparição em 2004 e foi rapidamente contido.

Tal fato reforça a tese conspiratória de que o vírus teria sido criado em laboratórios com a finalidade de ser uma arma biológica.

Não é o escopo dessa matéria reforçar ou refutar a tese de que o vírus tenha sido pensado ou não como uma arma biologia. Mas algumas considerações são importantes que sejam feitas.

O Sars-COV-2 é um vírus de altíssima disseminação, ou acredita-se que pelo menos 70% da população global seja infectada, por outro lado possui uma baixíssima letalidade, algo em torno de 5%.

Tratando-se de um vírus novo, não há estudos farmacológicos disponíveis para prescrição de um tratamento seguro e eficaz, cabendo ao corpo clínico dos hospitais avaliarem como efetuar o tratamento dos pacientes, havendo uma vasta quantidade de infectados, o que vimos nos últimos meses foi uma verdadeira guerra de informação e desinformação.

Vimos um governo despreparado para dar um pronto atendimento à população. Vimos uma elite midiática politizando o vírus e vimos à população dividia entre os amedrontados e os inconsequentes.

Inegavelmente o ego de alguns políticos falou mais auto que o bom senso e tivemos casos de respiradores expropriados da sede de seu fabricante em Cotia.

Vimos à construção de suntuosos hospitais de campanha, que nada mais tinha do que leitos e colchões, pois não havia nem pacientes nem médicos.

Vimos uma verdadeira crise no fornecimento de EPIs e Sanitizantes, onde o preço de tais itens foi ultrainflacionado.

Vimos uma corrida às distribuidoras de gás e as mercados.

Vimos um cenário de caos instituído.

Agora infelizmente muito choram seus mortos, é fato e lamentamos muito.

Mas a cada família que chora seus mortos temos outra nove que festejam sua vitória sobre o vírus.

Vemos o superfaturamento das compras públicas para o combate a pandemia.

Vemos arrefecer o temor popular, com muitos cidadãos indo à rua manifestarem sua incontentação política.

Vemos a OMS atordoada no meio de informações desencontradas, tais como o uso o ou não das máscaras pela população. A eficácia das máscaras caseiras, a utilização ou não de luvas, bem como a indicação de determinados fármacos.

Vemos vários comércios fechados.

Vemos muitas pessoas desempregadas.

O que veremos no futuro?

Veremos indubitavelmente que o principal problema enfrentado no Brasil foi o EGO e a CORRUPÇÃO.

Ego ao não assumir que não existiam respostas certas ou erradas para nos livrarmos da crise.

Para assumir os riscos, para abrir consulta públicas e ouvir especialistas não políticos.

Em uma democracia não se admite o governo por decretos, como temos visto nos últimos tempos. O processo democrático e o respeito instituições prevêem os decretos somente em casos excepcionais e absolutamente pontuais. Infelizmente alguns prefeitos e governadores, sentiram o gosto do poder absoluto em suas mãos, quanto os presidentes das casas legislativas lavavam suas mãos como fez Pôncio Pilatos, eximindo-se de toda a responsabilidade em relação a Jesus.

Veremos em breve o medo voltar a reinar, mas dessa vez não sobre a população, que já estará imune ao vírus, mas sobre os políticos que aproveitando-se do estado de calamidade contrataram sem o crivo das licitações pagando valores despropositais e em muitos casos havendo favorecimento ilícito.

Como tudo tem um lado bom, mais uma banda podre de políticos, em breve estará atrás das grades abrindo espaço para a necessária renovação.

De todos os males, o ego e a corrupção continuam sendo os maiores.

Cabe ao povo em breve deixar de ser cúmplice disso e dar a esperada resposta nas urnas. Pois até disposição em contrario as eleições do dia 4 de outubro estão confirmadas e o caixa da prefeitura repleto de verba de custeio cuja utilização não está vinculada ao combate da pandemia.

*Dr. Henrique Apparicio é advogado e presidente do PTB em Carapicuíba/SP

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