O plenário aprovou quatro moções, três projetos e acolheu um veto nesta terça-feira, 28 de fevereiro, durante os trabalhos da 6ª Sessão Ordinária da Câmara de Osasco.
Enfatizado pela bancada feminina da Casa, o Projeto de Lei 5/2022, de autoria da vereadora Lúcia da Saúde, institui no Calendário Oficial do Município a Semana de conscientização sobre a qualidade de vida da mulher em estado de climatério e pós-climatério, em decorrência do processo de menopausa.
Segundo o Ministério da Saúde, climatério é o período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa. A menopausa é a última menstruação na vida da mulher e acontece durante o climatério.
Aprovado com 13 votos favoráveis, em Segunda Discussão, o texto segue agora para apreciação do prefeito Rogério Lins (Podemos), que poderá sancioná-lo ou vetá-lo.
De acordo com a autora, a proposta busca promover a saúde e o esclarecer o tema por meio de debates, palestras, seminários, capacitações e ações de conscientização. O projeto estipula que a data seja comemorada na segunda semana do mês de março. “Temos que ter esse debate aqui na Câmara, nos postos de saúde para que possa ter essa orientação às mulheres”, disse Lúcia.
A parlamentar falou das dificuldades enfrentadas pelas mulheres no período do climatério e do pós-climatério, entre elas mudanças de humor, alterações hormonais, depressão, calores, entre outros problemas. “A menopausa não é brincadeira. Quantos casamentos não acabam por conta disso?”, questionou.
A vereadora Ana Paula Rossi acredita que o climatério e pós-climatério precisam ser discutidos sem qualquer tipo de preconceito ou restrição. “Faz parte do nosso dia a dia, mas muitas mulheres têm vergonha. É preciso tratar de forma bem aberta para esclarecer e prevenir os sintomas”, afirmou.
A vereadora Elsa Oliveira disse que já teve os sintomas do climatério após ter sido submetida à cirurgia para tratar endometriose e utilizar remédios que provocam uma espécie de menopausa induzida.
“Fiquei um ano sem menstruar após a cirurgia, fora os calores e as questões hormonais”, disse a parlamentar, que parabenizou a colega pela iniciativa. “Nós nos sentimos representadas e acolhidas por esse projeto”, concluiu Elsa.
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