Ex-CEO das Americanas é solto em Madri. Ex-diretora vai se entregar no aeroporto do Rio de Janeiro neste domingo, 30 de junho

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O ex-CEO do Grupo Americanas Miguel Gutierrez foi solto neste sábado, 29 de junho, em Madri, na Espanha, após prestar depoimento às autoridades espanholas. Ele havia sido preso na sexta-feira, dia 28, pela polícia espanhola.

Segundo a defesa de Gutierrez, ele jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude. “Vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios, manifestando uma vez mais sua absoluta confiança nas autoridades brasileiras e internacionais”, diz a nota da defesa.

A defesa argumenta ainda que ele está em sua residência em Madri, no mesmo endereço comunicado desde 2023 às autoridades espanholas e brasileiras, “onde sempre esteve à disposição dos diversos órgãos interessados nas investigações em curso”.

PRISÃO

O executivo foi preso por meio de cooperação policial internacional, através da Polícia Federal. Ele era o principal alvo foragido da Operação Disclosure, deflagrada nesta quinta-feira, 27 de junho.

A prisão foi efetuada pela polícia espanhola na manhã da sexta-feira, dia 28, em Madri, após a inclusão do nome do investigado na lista de Difusão Vermelha da Interpol.

EX-DIRETORA

A ex-diretora da Americanas, Anna Cristina Ramos Saicali, que comandava o ramo digital da companhia, vai se entregar à Polícia Federal no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. A executiva, que está foragida em Lisboa e incluída na lista de foragidos da Interpol, pediu à Justiça a reconsideração da prisão preventiva.

O juiz Marcio Muniz da Silva Carvalho, da 10ª Vara Federal do Rio de Janeiro, substituiu a prisão preventiva de Anna Ramos Saicali pela medida cautelar de proibição de ausentar-se do país. Ela deve se apresentar às autoridades portuguesas no aeroporto de Lisboa neste domingo, 30 de junho, além de entregar o passaporte às autoridades policiais brasileiras ao desembarcar no Brasil.

Ao atender o pedido o juiz disse que a executiva deve apenas se apresentar às autoridades portuguesas no aeroporto de Lisboa, sem ser detida, nem algemada, nem passar por qualquer tipo de constrangimento ou vexame.

“A presunção de fuga poderia ser desconstituída com a apresentação espontânea da investigada às autoridades competentes, demonstrando sua real intenção de retornar ao Brasil”, diz o juiz.

O magistrado diz ainda que a Polícia Federal deverá comunicar a este juízo sobre o comparecimento de Anna Saicali ao aeroporto de Lisboa, na data determinada, quando então a secretaria do Juízo deverá dar baixa no mandado de prisão no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP); comunicar a revogação da prisão preventiva à representação regional da Interpol no Rio de Janeiro, solicitando-se a baixa do nome de Anna Cristina Ramos Saicali, da Difusão Vermelha da Interpol.

A defesa deverá juntar o comprovante de aquisição da passagem de retorno ao Brasil, partindo do aeroporto de Portugal neste domingo, 30 de junho, indicando o horário de partida do voo, a fim de que a chefia da Interpol no Brasil combine com a chefia da Interpol/Portugal para manter equipe policial aguardando a chegada de Anna Saicali até quatro horas antes do horário de partida no aeroporto.

Fonte: Agência Brasil

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