Em média, Osasco tem de quatro a oito pancadões irregulares por final de semana. Realizados em comunidades mais periféricas nas Zonas Norte e Sul, chegam a atrair entre 500 e 1000 pessoas cada um, sendo a maioria jovens e adolescentes (muitos com idade inferior a 18 anos), que “festejam” ouvindo som muito acima do permitido para o horário (normalmente entre 22h e 04h), regados ao consumo de drogas e de álcool, bem como pelo estímulo ao sexo sem proteção e à prostituição infanto-juvenil.
O 14° BPM/M, responsável pelo policiamento na cidade, faz o possível dentro de sua competência constitucional de preservar e restabelecer a ordem pública, atuando imediatamente quando informado (via levantamento de sua Agência de Inteligência ou pelo Centro de Operações – COPOM), através da atuação cirúrgica da Operação Paz e Proteção, efetivo destacado, treinado e sob o comando de Oficial especializado na atuação deste tipo de cenário, com o objetivo de dispersar o público da via.
Durante a atuação, além da abordagem de indivíduos com materiais ilegais (principalmente drogas e armas), os principais veículos destinados à mobilização dos pancadões – às motos (os chamados “cavalos de aço”) são fiscalizados e recolhidos administrativamente, principalmente se conduzidos por menores de idade ou se possuidores de qualquer tipo de irregularidade. Entre os dias 25 e 27 de outubro, o Batalhão da Polícia Militar na “Cidade Trabalho” removeu cerca 30 veículos, acabando com dois pancadões.
Além das ações reativas, destaca-se o combate aos fluxos (circulação de motos para realizar os pancadões) através de atividades de natureza preventiva. Entre janeiro e outubro de 2024, foram realizados mais de 200 bloqueios policiais na cidade, totalizando cerca de 1000 veículos removidos, sendo mais de 600 motocicletas irregulares retiradas de circulação. Destas, cerca de 300 eram conduzidas por motoristas com passagem criminais ou por menores de idade, perfil típico daqueles que frequentam tais aglomerações irregulares na cidade.
As demais Forças de Segurança de Osasco também têm feito, com resiliência e competência, o seu papel. A Polícia Civil investiga, com eficácia e eficiência, todos os delitos levados ao seu conhecimento oriundos dos pancadões. A Prefeitura de Osasco, através dos órgãos de fiscalização, tem sido inflexível no fechamento de adegas irregulares; já nossa pujante Guarda Civil Municipal (GCM), divide com o 14° BPM/M, a responsabilidade do combate aos bailes funk irregulares com profissionalismo, utilizando a força necessária e suficiente para restabelecer a normalidade social.
Entretanto, falta uma ação mais contundente de um protagonista fundamental para extirparmos o cancro dos pancadões em Osasco: a Sociedade. Seja através das denúncias destas atividades ilícitas, ou através da participação de ONGs para combater os fluxos ou educamos os jovens inseridos neste meio; a população de Osasco pode e deve fazer mais! Ao menos, no ciclo FAMILIAR, os pais devem assumir a responsabilidade de cuidar de seus filhos e filhas, afastando-os deste ambiente perverso e nocivo! POR UMA OSASCO MAIS SEGURA E SEM PANCADÕES: FOCO NA MISSÃO!
*Ten Cel PM Joaquim KEIDA Mendonça Ishy (Cmt do 14° BPM/M e Mestre em Ciências Policiais pelo CAES)
*Maj PM Eduardo MOSNA XAVIER (Subcmt do 14° BPM/M e Doutor em Ciências Policiais pelo CAES)
*Maj PM Marcus ZAMORA (Coord Op do 14° BPM/M e Mestre em Ciências Policiais pelo CAES)
Foto: Polícia Militar