Após produção de quase três milhões de unidades de insulina, Biomm prevê ampliação para atender o sistema público de saúde

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Com investimentos de R$ 800 milhões, a fábrica da Biomm completa o primeiro ano de operação com produção de 2,7 milhões de unidades de insulina glargina (Glargilin) neste período. A planta fabril, localizada em Nova Lima (MG), deverá operar com capacidade máxima, ou seja, 20 milhões de carpules (refis), no primeiro trimestre de 2026. A fábrica também tem capacidade para produzir mais 20 milhões de frascos de insulina.

A fábrica da biofarmacêutica foi projetada para suprir a demanda nacional de glargina e, desta forma, favorecer ainda mais tratamento adequado dos pacientes com diabetes. O Brasil é um dos países com a maior incidência de diabetes no mundo, com 16 milhões de pacientes adultos com a doença, segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF).

“A produção e o fornecimento de insulina no país contribuem para a segurança e a continuidade do tratamento dos brasileiros que dependem deste medicamento para manter a saúde e a qualidade de vida. Além da fabricação de glargina, temos um portfólio amplo de insulinas para o tratamento de diabetes tipo 1 e 2, contribuindo para o sistema de saúde do país e para a melhoria do atendimento à população”, afirma Heraldo Marchezini, CEO da Biomm.

A glargina é um dos tipos de insulina mais avançados no mercado global. É aplicada apenas uma vez ao dia e tem duração de 24 horas, favorecendo um estilo de vida mais flexível aos pacientes, como explica o executivo.

A produção nacional de insulina, com a operação da fábrica em Minas Gerais, já contribui para ampliar o acesso ao medicamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e reduzir as interrupções de fornecimento que impactam o tratamento de pessoas com diabetes. Desde o ano passado, a Biomm fornece glargina para o SUS. Em 2025, a fábrica produzirá 10 milhões de unidades do medicamento e, em 2026, passará a operar com capacidade produtiva máxima, de 20 milhões de carpules.

“Estamos investindo R$ 12 milhões na automação dos processos de produção este ano e seguimos contribuindo para a geração de empregos na região. Em um ano de operação, o número de colaboradores subiu de cerca de 100 para 260, e planejamos ter 300 colaboradores diretos até o fim deste ano”, explica Luciano Machado, diretor de Operações da Biomm.

AMPLIAÇÃO DO TRATAMENTO PARA DIABETES E OBESIDADE

O acesso ao tratamento da diabetes será ampliado ainda mais nos próximos anos. Uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) formada pela companhia com o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos (Ceará), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e a biofarmacêutica Gan&Lee, promoverá a transferência de tecnologia para a produção da matéria-prima da insulina glargina para Fiocruz, com a continuidade da fabricação do medicamento pela Biomm.

A Biomm também tem um acordo com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), a Wockhardt (biofarmacêutica indiana) e a Gerais, Comércio e Importação de Materiais e Equipamentos Médicos, por meio de outra PDP, de insulina humana, que poderá atender 50% da demanda anual do medicamento pelo Ministério da Saúde. Este produto (Wosulin) já era disponibilizado ao mercado privado desde 2020.

O robusto portfólio de diabetes da companhia inclui uma insulina de longa duração chamada Degludeca, e os análogos de insulina com ação ultrarrápida Asparte e Lispro – todos em aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Medicamentos para tratar tanto diabetes quanto obesidade também fazem parte do pipeline da Biomm. A companhia tem um acordo com a biofarmacêutica Biocon para o fornecimento de semaglutida, e com a Kexing, para liraglutida no Brasil. A comercialização destes produtos estão sujeitas às expirações das patentes e às aprovações regulatórias brasileiras.

BIOMM

A Biomm tem a missão de desenvolver, produzir e comercializar biomedicamentos de competitividade global, com qualidade e acessibilidade. O foco da companhia está no desenvolvimento de medicamentos biológicos, acessíveis para tratamento de doenças crônicas no país. Com inovação em seu DNA, a companhia é pioneira no setor de medicamentos biotecnológicos no Brasil. Tem sede e fábrica em Nova Lima (MG). É listada na bolsa de valores (B3:BIOM3).

Foto: Divulgação

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