Tendo iniciado suas atividades em 23 de outubro de 2020, a gestão atual da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), chefiada pelo diretor-presidente Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araujo, encerra suas atividades na sexta-feira desta semana, dia 06 de janeiro. Tal ato segue as mudanças geradas pela transição de poder no Governo Federal.
A marca mais vistosa foram os lucros obtidos na operação da companhia, tendo fechado 2021 com a marca de R$ 27,382 milhões. Os números de 2022 ainda estão sendo fechados, mas há a previsão de um lucro na casa de R$ 24,511 milhões. Tiveram papel forte nessas cifras o aumento das receitas obtidas nas operações de entrepostagem e armazenagem e reduções de despesas internas, que também influenciaram no EBITDA (lucro sem depreciações, amortizações, juros e tributos sobre o lucro), importante indicador de saúde financeira do negócio e viabilidade no longo prazo.
Lucros e EBITDA são apenas a parte mais visível de outra marca obtida nesses pouco mais de dois anos. No longo prazo, a maior conquista foi a redução das dívidas da companhia em 98%, obtida após o reconhecimento da imunidade tributária ao IPTU.
A redução obtida pela imunidade tributária ao IPTU foi repassada aos permissionários, que tiveram tal item excluído dos rateios e vêm recebendo descontos nos mais recentes boletos que pagam. Outro reflexo importante está na redução da inadimplência, com 2022 registrando a marca de 6,16%, conforme apurado até novembro.
Com a casa arrumada, foi possível fazer melhorias na infraestrutura, como repavimentar as vias de entrepostos tanto no interior quanto na capital paulista, com novas operações sendo previstas para este ano. Quem chega às unidades da empresa também vê uma aparência revigorada com as repinturas e conta com equipamentos renovados em sua conservação, como os banheiros. Os que percorrem as ruas que circundam o Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) também viu os muros se tornarem telas de arte, passando a ser a maior galeria de grafite da maior cidade do Hemisfério Sul.
Também foram adquiridos novos equipamentos para melhorar a lida da armazenagem, como balanças e secadores. Manutenções importantes e que não são vistas pelo grande público também foram realizadas, como as das galerias pluviais do ETSP, que desempenham papel importante no escoamento de águas pluviais na região da Vila Leopoldina.
Houve também importantes avanços no que tange à lei, com o recadastramento de 4.060 áreas no ETSP, com regularização de 206, e o cumprimento do Acórdão nº 2.050/2014. Aproximadamente 1.000 áreas foram licitadas, em São Paulo e no interior, com os novos permissionários passando a trabalhar com contratos de 20 anos de duração, o que lhes permite planejar melhor seus negócios no longo prazo.
No ETSP também houve avanço na segurança, devido à parceria com a Polícia Rodoviária Federal para reconhecimento de veículos que adentram as dependências da unidade, com controle na entrada e na saída. Isso ajudou a solucionar muitos delitos e melhorou a vida principalmente dos muitos caminhoneiros que dia e noite entram na unidade. Além disso, a unidade paulistana ganhou também 120 câmeras e controle apurado de sua segurança.
Outro legado que fica é o avanço no combate à corrupção e aprimoramento da governança corporativa. Essas medidas também foram acompanhadas por melhorias na destinação de resíduos, por meio de reciclagem, compostagem e parceria com os catadores.
Outra ação vistosa e muito noticiada foram as ações de doação de alimentos, lideradas pelo Banco CEAGESP de Alimentos (BCA), sendo as mais conhecidas do grande público aquelas em Aparecida e Araraquara. Essas, assim como as ações de quinta-feira no ETSP de entrega de mantimentos a pessoas físicas cadastradas, são apenas uma face visível de uma estrutura que também envolve entregas de mantimentos a diversas entidades cadastradas. Todos os receptores das doações do BCA recebem alimentos em perfeitas condições de higiene e valor nutricional, havendo controle para que cheguem a seus destinatários da melhor maneira possível.
Outro avanço importante foi na digitalização dos serviços, que agora são mais rastreáveis. Isso permitiu uma melhor noção daquilo que acontece na CEAGESP e permite melhor cobrança daqueles que operam dentro das dependências da empresa.
Esta gestão se encerra com a sensação de dever cumprido. Desejamos àqueles que chamamos carinhosamente de Família CEAGESP o melhor neste ano que se inicia e também nos próximos.
Foto: Ceagesp