Na terça-feira, 7 de maio, foi o Dia Nacional de Prevenção da Alergia, e a prefeitura de Barueri, através da Secretaria de Saúde, celebrou a data no dia 6 de maio na Etec Antônio Furlan reunindo especialistas para falar sobre a importância desse tema e seu impacto na saúde da população.
O evento foi uma iniciativa do programa Escola da Saúde, que levou os profissionais que atuam no Centro de Diagnósticos de Barueri para abordarem sobre “Alergias respiratórias da infância”, “Serviços prestados para a população” e “Testes e tratamentos”.
O QUE SÃO AS ALERGIAS?
O responsável técnico pelo setor de alergologia do Centro de Diagnósticos, o médico Gustavo Graudenz, explicou que as alergias são uma resposta exagerada do corpo para coisas do cotidiano, como pelo de gato e poeira, por exemplo, e que estão conectadas às mudanças climáticas e também de hábitos da sociedade.
“Alteramos a qualidade do ar, dos alimentos e do solo. Nos cercamos de várias medidas para nos proteger de infecções e tudo isso acabou gerando um aumento do número de pessoas que tenham essa hipersensibilidade específica”, disse Graudenz. Ele ressalva que esse é um problema de saúde pública.
NA INFÂNCIA
A pediatra e alergista Renata Resstom Dias, antes de citar as principais alergias presentes nas crianças, elogiou o setor especializado do município.
“A estrutura de Barueri é incrível. Maravilhosa! O que a gente tem aqui na cidade é superior de grandes hospitais como Albert Einstein e o Hospital das Clínicas. O que tenho aqui não encontro em outros lugares para as crianças”, enfatizou a pediatra.
Renata explicou a evolução alérgica frequente nas crianças, chamada de “marcha atópica”. “A alergia que costuma aparecer nos bebês, primeiro, é a de pele, e quando conhecem os alimentos podem desenvolver a alimentar. Já na fase pré-escolar, o que aparece é a asma ou bronquite. Na adolescência o que surge é a rinite alérgica.
COMO PREVENIR
A especialista indica para a prevenção da dermatite em crianças o uso de hidratantes recomendados pelo médico. Além de banho morno de curta duração. Já para as alergias alimentares, a amamentação e a oferta precoce de variados tipos de alimentos podem ajudar.
“Nos casos da rinite, deve-se ter controle de higiene ambiental, evitar pelúcias e carpetes. Para asma, evite o tabagismo passivo, mantenha as crianças em ambientes arejados e estimule a atividade física”, disse.
BICHINHOS SÃO BEM-VINDOS
Pessoas com alergia aos pelos dos animais não precisam ser privadas do convívio com o seu pet. Se a alergia for intensa, o contato pode ser minimizado, mas geralmente medidas como limpar e escovar o pelo do animal, manter a casa sempre limpa, evitar a sua circulação nos quartos e o uso de medicamentos com prescrição podem solucionar. “Procure sempre um alergista para todos os casos”, alertou Renata.
EQUIPE HUMANIZADA
A equipe de enfermagem composta por profissionais que atuam de forma humanizada e responsável por aplicar os testes compartilharam histórias de pacientes e a rotina que garante a qualidade dos exames.
“Vários exames são realizados. Fazemos testes de contato com a pele, chamado de Prick Teste, ou de sensibilidade cutânea, além dos testes de provação, dentre outros. O setor também conta com as vacinas hipossensibilizantes”, explicou o enfermeiro Ronaldo Pacheco.
SETOR DE ALERGIAS
Situado no Centro de Diagnósticos Maria Mariano Meneghin, o setor de alergias é um dos mais modernos no Estado de São Paulo e conta com aporte para realizar o acompanhamento do paciente. Há exames para casos de alergias de medicamentos, alimentos, insetos e até ocupacionais, de casos suspeitos de anafilaxia e das alergias de pele, além daqueles da área de otorrinolaringologia.
“São realizados mais de 1.500 procedimentos, incluindo consultas, testes e doses de vacinas. O nosso setor faz o dobro de doses de vacinas para ácaro do que faz o Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo). Nós temos recursos que são preciosos e abrangem o tratamento para uma gama maior de pacientes alérgicos”, declarou Gustavo Graudenz.
Foto: Beatriz Lucato/Secom