A Secretaria da Mulher de Barueri realiza uma série de atividades ao longo do mês de fevereiro para celebrar um Carnaval mais consciente com o objetivo de combater o crime de importunação sexual. Na segunda-feira, 05 de fevereiro, o primeiro bate-papo sobre o tema aconteceu no Centro de Capacitação Profissional e Lazer (CCPL) do Engenho Novo.
O encontro, formado por adolescentes, foi conduzido pela assistente social Daniela Marega, que atua no Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cram). Ela falou sobre os serviços de acolhimento às mulheres vítimas de violência oferecidos na Secretaria da Mulher, alertou os jovens sobre os tipos de violência e o aumento dos casos de importunação sexual contra o público feminino durante o Carnaval.
É CRIME!
“A importunação acontece quando existe um ato forçado. Como tocar com intenção libidinosa alguém sem permissão”, explicou Daniela. E reforçou: “não existe consentimento de mulheres que estão sob efeito de substâncias químicas como álcool e drogas”.
De acordo com o Código Penal, conforme o artigo 215, com a implementação da Lei nº 13.718 de 2018, “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro” prevê reclusão de um a cinco anos.
COMO ACOLHER A VÍTIMA
A assistente social orientou os jovens ao se depararem com meninas ou mulheres que sofreram violência sexual ou física, devem procurar o serviço de saúde para que essa vítima seja atendida imediatamente. “A vítima deverá ser ouvida sem julgamentos, pois está fragilizada e precisa se sentir acolhida”, destacou Daniela.
PODE PAQUERAR
Durante a roda de conversa, Daniela explica que é possível paquerar de forma saudável.
“Por causa da nossa sociedade machista, a importunação sexual foi naturalizada, então muitos homens abordam as mulheres tocando no cabelo, pegando no braço e constrangendo e essas atitudes precisam ser combatidas. A paquera saudável é possível, basta ler os sinais, se foi correspondido está tudo bem”, orientou.
A psicóloga da CCPL, Emilaine Justus, falou sobre a importância de inserir o tema entre os jovens. “Os adolescentes adoraram o bate-papo e é um momento que eles têm para expor o que pensam. O assunto sobre sexo, violência, dentre outros temas, são tabus e não têm essa troca dentro de casa. Nesses espaços eles podem falar sobre tudo sem serem julgados”, disse Emilaine.
O CCPL está ligado à Sads (Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social) e oferece diversos cursos gratuitos para a comunidade. Mais informações podem ser obtidas AQUI.
Confira também a agenda especial de Carnaval da Secretaria da Mulher clicando AQUI e participe.
Foto: Lourivaldo Fio/Secom