Câmara Municipal de Jandira celebra a “Semana Outubro Rosa 2023”

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Conforme a Resolução nº 10/23 de autoria do atual presidente Silvair Soares de Brito (PSDB), o vereador Silvio Cabeleireiro, a Câmara Municipal de Jandira sediou pela primeira vez, nesta quinta-feira, 26 de outubro, a cerimônia em celebração da “Semana Outubro Rosa” no plenário da Casa de Leis.

A senhora Renata Bruna, farmacêutica no município, foi convidada para conduzir a solenidade, que buscou difundir informações sobre o câncer de mama, incentivar a prevenção e o diagnóstico precoce da doença e promover a saúde e o bem-estar da mulher.

Na abertura, o chefe do Legislativo jandirense ressaltou a importância da iniciativa. “Nós pedimos a dispensa das formalidades para que o Projeto de Resolução fosse votado nesta terça-feira e pudéssemos dar início ao primeiro evento, que a partir de agora vai acontecer anualmente na Câmara de nosso município. Hoje eu estou presidente, um dia não estarei mais aqui, mas o projeto vai ficar. O presidente que assumir vai ter a prerrogativa de dar continuidade ao projeto para trabalhar a conscientização das pessoas em relação ao câncer de mama”, pontuou.

Além da testagem e da vacinação do público, o evento também promoveu palestras sobre o câncer de mama, saúde mental e violência contra a mulher. A primeira convidada a discursar foi a enfermeira Cláudia Gama da Silva, atual coordenadora da Saúde da Mulher e da Criança da Secretaria Municipal de Saúde. Ela contou, de maneira sucinta, a história do movimento “Outubro Rosa” e explicou o que é o câncer de mama, quais os fatores de risco e como detectá-lo precocemente.

“O autoexame é muito importante. Se a mulher tem tendência a desenvolver o câncer antes dos 40 anos, ela só vai perceber alguma alteração se conhecer o próprio corpo. E, a partir dos 40 anos, a gente tem que fazer a mamografia anualmente, pois é um exame que identifica o câncer o quanto antes. Muitas vezes, a mamografia consegue identificar células cancerígenas dois anos antes dela se desenvolver”, esclareceu a coordenadora.

Por sua vez, a senhora Edna dos Santos de Marchi deu um depoimento emocionante sobre sua batalha contra o câncer de mama. Ela contou que foi diagnosticada em 2018, embora não apresentasse nenhum sintoma da doença.

“Num exame de ultrassom, o médico achou estranho o que ele tinha visto, então eu fui encaminhada para a biópsia, que detectou um câncer de mama em estágio inicial. Por isso, eu não sentia nódulo no meu seio. Isso aconteceu no dia 15 de outubro, bem no Outubro Rosa. No dia 29, passei por uma cirurgia. Fiz o quadrante e, infelizmente, por causa do tipo agressivo de câncer, eu entrei no protocolo. Foram 16 sessões de quimioterapia e 15 de radioterapia. Além disso, tive que fazer também imunoterapia. […] O tratamento é bem sofrido, mas eu louvo a Deus porque sou vitoriosa. Estou aqui para dar meu depoimento e falar para vocês que não se descuidem. Além dos exames periódicos, fiquem atentas aos sinais que o nosso corpo dá, pois o corpo fala”, compartilhou Edna na tribuna de honra.

Já a psicóloga Beatriz de Almeida Gomes dos Santos discorreu sobre a saúde mental das mulheres e dos familiares que enfrentam o diagnóstico da doença. “A aceitação vai fazer total diferença nesse processo. É preciso aceitar a nova condição de saúde e entender o que é possível fazer sobre isso. […] Outro pilar importante é procurar o apoio de mulheres que já passaram ou que estão passando pela mesma situação”.

A profissional frisou ainda que, na medida do possível e das condições médicas, é fundamental tentar manter a mesma rotina de antes – sem deixar de fazer algo por vergonha, medo ou receio do que os demais vão pensar. Segundo ela, as atividades de bem-estar, o autocuidado e a proximidade das pessoas queridas são essenciais durante o processo de tratamento e recuperação.

Laodicéia Ayres, Denise Bertelini e Edneuza Nascimento, integrantes da Diretoria da Mulher e Igualdade Racial, também falaram sobre os trabalhos desenvolvidos pelo órgão, em especial no que diz respeito ao empoderamento feminino e ao combate à violência contra a mulher na cidade. “Nós, enquanto Diretoria da Mulher, temos um serviço de suporte. Então, se vocês conhecem alguma mulher que passe por qualquer tipo de situação de violência doméstica, podem nos procurar”, orientou a psicóloga Denise.

A Diretoria da Mulher fica localizada na Rua José Rufino de Oliveira, 222, na Vila Ipê.

Foto: CMJ

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