Na noite desta quinta-feira, 25 de maio, a Secretaria de Saúde da prefeitura de Osasco realizou a primeira prestação de contas do ano, referente ao 1º quadrimestre de 2023.
O ato foi realizado durante uma Audiência Pública no Plenário da Câmara Municipal de Osasco. Os trabalhos foram comandados pela presidente da Comissão Permanente da Saúde e Assistência Social, Lúcia da Saúde, que foi secretariada pelo vereador Rodrigo Gansinho. Também estiveram presentes o presidente da Câmara, Carmônio Bastos, e os vereadores Juliana da Ativoz, Ana Paula Rossi, Fábio Chirinhan, Délbio Teruel, Juliãoe Josias da Juco, que acompanharam a prestação de contas apresentada pelo enfermeiro e diretor, Sátiro Márcio Ignácio Júnior, gerente do Departamento de Vigilância Epidemiológica.
A principal informação dada pela Secretaria de Saúde foi o aumento significativo de atendimentos na Atenção Primária, principalmente por parte das pessoas que efetivamente não tem condições de procurar outro sistema de saúde. Cerca de 60% dos atendimentos da rede municipal de saúde foram registrados na Atenção Primária, o que corresponde a cerca de 1.343.000 de atendimentos, contra 20% na Atenção Secundária, que corresponde ao setor de urgência e emergência.
“Isso é resultado de muito trabalho e aponta que estamos no caminho certo. Precisamos fazer saúde preventiva que é realizada na Atenção Primária e esses dados nos deixam muito satisfeitos”, comentou o Secretário de Saúde, Fernando Machado.
Segundo Sátiro Júnior, o registro de informação mais coeso, a reorganização das agendas e outras ações administrativas geridas pela Secretaria proporcionaram uma melhora na qualidade dos dados. “Conseguimos ter maior foco e precisão nos dados. Por isso, podemos trabalhar melhor os dados. Além disso, no setor de Urgência e Emergência temos 99,2% de melhora no atendimento no que diz respeito ao tempo de espera”, ressaltou o gerente.
Em relação à Maternidade, os dados apontam que a gestante que chega no Amador geralmente já chega em condições de risco, e que esses dados apontam outras questões que precisam ser discutidas como problemas de acesso, disponibilidade para fazer acompanhamento por questões sociais, educacionais, entre outros.
Durante a apresentação, Sátiro Júnior falou sobre as ações sociais realizadas pela Secretaria e aquisições como ambulâncias e equipamentos para fisioterapia.
Os parlamentares aproveitaram a oportunidade para tirar dúvidas, principalmente as relacionadas às reclamações que chegam nos gabinetes por e-mail, telefone e pessoalmente. Além disso, os vereadores reforçaram que o Legislativo busca soluções para melhorar o atendimento com emendas parlamentares, orçamento e muitos debates para desenvolverem políticas públicas mais eficazes.
“Tínhamos 320 mil reais de emendas ano passado, e agora temos um milhão de emendas impositivas. Esta Casa decidiu que 50% dessas emendas serão destinadas para a Saúde”, reforçou o presidente da Câmara, Carmônio Bastos. As emendas impositivas são aquelas que os vereadores podem apresentar à Lei Orçamentária Anual, destinando recursos para obras, projetos, instituições, programas específicos.
A presidente da Comissão Permanente de Saúde e de Assistência Social, Lúcia da Saúde, comentou que está satisfeita com a quantidade de Unidades Básicas na cidade. “Acho que se cada UBS fizer o seu papel, melhoraremos ainda mais os dados apresentados”, apostou Lúcia, ao apontar que uma das preocupações dos parlamentares está relacionada à chefes de unidades, que sofrem assédio moral. “Muitas chefes não são respeitadas por colegas que se acham superiores”, declarou Lúcia da Saúde. Ela também ressaltou que é preciso mais atenção a essas profissionais e parabenizar a pasta pelo aumento de atendimentos na Atenção Primária de Saúde.
O secretário Fernando Machado respondeu às questões dos vereadores, apontando que, no que diz respeito à saúde, Osasco recebe muitos moradores de outras cidades devido a sua localização, e que o município se responsabiliza pela atenção primária. Machado também frisou que as especialidades deveriam ser responsabilidade, conforme previsto em Lei, “mas sabemos que o paciente, que precisa de saúde, não quer saber o que é responsabilidade de quem. Por isso, precisamos fazer da melhor maneira possível dentro da nossa competência”, ressaltou.
Fernando Machado também falou sobre as contratações de médicos durante o período de pandemia realizadas sem licitação. “Estavam todos em casa e eu precisava contratar profissionais para atender pacientes que podiam morrer na pandemia. Foram dois anos intensos e tivemos que fazer contratações diretas para atender a população. A saúde não ficou em home-office”, justificou o Secretário de Saúde ao responder uma pergunta relacionada à contratação de médicos sem processo licitatório, antes de concluir a apresentação da Prestação de Contas e responder a todas as perguntas colocadas pelos parlamentares.
Machado também deu uma boa notícia para o município, que é a possível vinda de uma AME – Ambulatório Médico de Especialidades para Osasco. “Podemos receber uma AME, que atenderá média e alta complexidade. Isso beneficiará muito o atendimento para nós”, festejou.
Foto: Ricardo Migliorini