Ter parte da trajetória de vida retratada em livro é como escrever a própria história. É assim que dezenas de pessoas da melhor idade se sentiram com o lançamento, na sexta-feira, 24 de fevereiro, do livro 23 anos de História do Centro de Atenção à Terceira Idade (CATI), idealizado pela Secretaria de Assistência Social da prefeitura de Osasco. O evento integra as comemorações dos 61 anos de emancipação político-administrativa de Osasco, aconteceu no Teatro Municipal Glória Giglio, e reuniu os próprios homenageados, familiares e amigos.
O livro tem 167 páginas e conta com fotos e depoimentos de 60 munícipes que frequentam os serviços e de profissionais que atuam nos atendimentos. Algumas páginas também foram reservadas para homenagens póstumas. O CATI oferece às pessoas com mais de 60 anos atividades como aulas de dança, jogos, capoeira, piscina, hidroginástica e passeios.
“Resolvemos fazer o livro em homenagem aos idosos que frequentam nossos serviços. Reúne depoimentos dos que frequentam a unidade há mais tempo e os que passaram a utilizar recentemente. É um serviço que tem como finalidade proporcionar entretenimento e atividades recreativas que ajudem a dar mais qualidade de vida a esse público”, disse o secretário de Assistência Social, Antônio Carlos Vido, que representou o prefeito Rogério Lins.
Entre os retratados no livro e que prestigiaram o evento estavam a dona de casa Esmeralda Sabino, 85 anos, que frequenta o espaço há 22 anos, e Cláudio Belli, 75, que participa das atividades há 5.
“Comecei fazendo artesanato e depois outras atividades. Hoje faço aulas de alongamento duas vezes por semana. Isso ajuda a manter o equilíbrio físico e mental. É bom para espairecer, socializar. O que não dá é ficar no sofá vendo a vida passar”, ensina Esmeralda.
Cláudio Belli começou a frequentar incentivado pela esposa, que começou a ir ao CATI antes dele. “Ela fazia artesanato. Eu a levava e ia para o SESI jogar sinuca (risos). Mas depois passei a frequentar também. Jogo baralho, truco e dominó. É onde os idosos se encontram e interagem com a mesma filosofia de vida. É olho no olho, boas conversas e muita descontração, ao contrário dos jovens, que ficam o tempo todo no celular e praticamente não interagem”, observa.
A abertura do evento foi animada com apresentações de um grupo de violeiros formado por frequentadores do próprio CATI e de um de chorinho (contratado).
Foto: Fernanda Cazarini